Ana Lua Caiano: “Mais do que nunca, é importante continuar a festejar, a gritar e a cantar”

Aos 24 anos, Ana Lua Caiano traz a tradição de um povo inteiro e a novidade de uma geração que ainda pode fazer história. E, sozinha, faz da sua voz uma multidão. Com a teoria musical na bagagem e a efervescência no pensamento, entre o caos e o método, esta lisboeta faz casar a ruralidade com a contemporaneidade, guardando as origens portucalenses ao mesmo tempo que as leva até onde a tecnologia a permitir chegar. 

Caiano brinca com o som e com as palavras, num corte e costura de harmonias e ritmos, onde a sua voz canta de peito e coração abertos. E ela está pronta para ecoar dentro e fora de Portugal. Se por um lado esta sonoridade nos parece confortavelmente familiar, por outro degusta-se a experimentação como novidade. E sabe bem ouvi-la casar a música tradicional com a infinidade de possibilidades que a electrónica traz a este prato. E toda a gente sabe que em terras lusas os pratos são fartos e as doses generosas. O seu novo álbum Vou Ficar Neste Quadrado estreou hoje e já o podem provar. E Ana Lua Caiano falou-nos dele sobre uma taça de chá, num estranho e incerto dia pós-eleições.

Leonor AlcaçarenhoAna Lua Caiano: “Mais do que nunca, é importante continuar a festejar, a gritar e a cantar”